Lixo, sujeira, imprestável, reciclável, reconstrução, alegria, extraordinário. Essas expressões foram a base para uma construção cinematográfica baseada na realidade. A simplicidade resumida numa produção reconhecida mundialmente. Nesse documentário vemos que o lixo pode sim tornar-se luxo.
Trata-se de uma experiência sentimental verídica capaz de nos fazer dar valor ao que muitos não se dão ao direito de sentir. Catadores de lixo do maior aterro sanitário da América latina foram os protagonistas dessa obra e gritam através de gestos simples que apesar de estarem a deriva, excluídos, em um lugar para onde vai tudo que não presta, são felizes e se orgulham do que fazem.O artista plástico Vik Muniz resolve basear suas novas artes em lixo. Sim, lixo. A proposta de Vik é fazer das imagens mais simplórias um molde para uma obra artística moldada através do próprio lixo recolhido no aterro e selecionada pela associação responsável por representar os catadores. A partir da experiência, surge um novo combustível criativo para Vik e, como contrapartida, os catadores diminuem sua distância com arte e conseguem condições melhores de vida.
Ações como a de Vik Muniz, ainda que raras, acontecem. O que praticamente inexiste é uma consciência social, ao se pensar nas escolhas que fazemos todos os dias e na forma como tratamos seres humanos em nada diferentes de nós, que vivem conosco no mesmo espaço geográfico, onde constroem seus sonhos e suas duras realidades.
“A indicação ao Oscar é uma coisa maravilhosa, mas não é o objetivo do filme. Nós queremos ter a oportunidade de levar ao maior número de pessoas possível os exemplos incríveis do Vik e do Tião, e multiplicar essas ações, transformando-as em negócio para essas comunidades”, diz Jackie de Botton, uma das produtoras executivas do documentário.Vídeo:

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